segunda-feira, 26 de março de 2012

Poesia para o dia do circo!

O dia do circo foi criado em homenagem ao palhaço Piolim, Abelardo Pinto, que comandou o circo Piolim por mais de trinta anos.

Seu pai havia sido dono de circo quando Abelardo ainda era pequeno, local onde aprendeu a tocar violino, a fazer contorcionismos e acrobacias.

A data foi instituída em razão de seu nascimento, no ano de 1897, em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. (Leia mais em http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-circo27-marco.htm)

Para comemorar este dia, que tal a leitura de um poema. Também vale à pena pesquisar a música.

O Circo

Sidney Miller

Vai, vai , vai começar a brincadeira

Que a charanga vai tocar a noite inteira

Vem, vem vem, ver o circo de verdade

Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.

Corre, corre minha gente

Que é preciso ser esperto

Vai melhor quem vai na frente

Vê melhor quem vê de perto

Mas no meio da folia

Noite alta céu aberto

Sopra o vento que protesta

Cai no teto rompe a lona

Prá que a Lua de carona

Também possa ver a festa

Vai, vai , vai começar a brincadeira

Que a charanga vai tocar a noite inteira

Vem, vem vem, ver o circo de verdade

Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.

Bem me lembro o trapezista

Que mortal era o seu salto

Navegando lá no alto

Parecia de brinquedo

Mas fazia tanto medo

Que o Zézinho do trombone

De renome consagrado

Esquecia o próprio nome

E abraçava o microfone

Prá trocar o seu dobrado.

Vai, vai , vai começar a brincadeira

Que a charanga vai tocar a noite inteira

Vem, vem vem, ver o circo de verdade

Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.

Faço versos pro palhaço

Que na vida já foi tudo

Foi soldado, seresteiro

Carpinteiro, vagabundo

Sem juiz e sem juizo

Fez feliz a todo mundo

Mas no fundo não sabia

Que em seu rosto coloria

Todo o encanto do sorriso

Que seu povo não sorria.

Vai, vai , vai começar a brincadeira

Que a charanga vai tocar a noite inteira

Vem, vem vem, ver o circo de verdade

Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.

De chicote e cara feia

Domador fica mais forte

Meia-volta, volta e meia

Meia vida, meia morte

Mas findado seu batente

De repente a fera some

Domador que era valente

Noutra esfera se consome

Seu amor indiferente

Sua vida e sua fome.

Vai, vai , vai começar a brincadeira

Que a charanga vai tocar a noite inteira

Vem, vem vem, ver o circo de verdade

Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.

Fala o fole da sanfona

Fala a flauta pequenina

Que o melhor vai vir agora

Que desponta a bailarina

Que seu porte é de senhora

Que seu rosto é de menina

Quem chorava já não chora

Quem cantava desafina

Porque a festa só termina

Quando a noite for se embora

Vai vai vai terminar a brincadeira

Que a charanga já tocou a noite inteira

Morre o circo renasce na lembrança

Foi-se o tempo e eu ainda era criança

Fonte: http://www.jornaldepoesia.jor.br/@sm02.html

Um ótimo dia do circo!

Camila Garoli Vilela

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