segunda-feira, 23 de abril de 2012
Elias José
Com ilustrações feitas a partir de lindos bordados, o livro é mais do que um tesouro literário, é uma verdadeira obra de arte.
Eu recomendo!
Boa leitura,
Camila Garoli Vilela
sábado, 7 de abril de 2012
Para ler para os pequenos neste domingo de Páscoa!
Feliz Páscoa com Veríssimo!
Crônica de Páscoa – Luiz Fernando Veríssimo
Crônica de Páscoa
- Papai, o que é Páscoa?
-Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!
-Igual ao Natal?
-É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
-Ressurreição?
-É, ressurreição. Marta, vem cá!
-Sim?
-Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.
-Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?
-Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?
-O que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu ! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola ? Deus me perdoe ! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!
-Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?
-É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
-O Espírito Santo também é Deus?
-É sim.
-E Minas Gerais?
-Sacrilégio!!!
-É por isso que a ilha de Trindade fica perto do Espírito Santo?
-Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!
-Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
-Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.
-Coelho bota ovo?
-Chega ! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais !
-Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
-Era... era melhor,sim... ou então urubu.
-Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né?
-Que dia ele morreu?
-Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.
-Que dia e que mês?
-(???)
-Sabe que eu nunca pensei nisso ? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressucitou três dias depois, no Sábado de Aleluia.
-Um dia depois!
-Não três dias depois.
-Então morreu na Quarta-feira.
-Não, morreu na Sexta-feira Santa... ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na Sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como? Pergunte à sua professora de catecismo!
-Papai, porque amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?
-É que hoje é Sabado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
-O Judas traiu Jesus no Sábado?
-Claro que não! Se Jesus morreu na Sexta!!!
-Então por que eles não malham o Judas no dia certo?
-Ui...
-Papai, qual era o sobrenome de Jesus?
-Cristo. Jesus Cristo.
-Só?
-Que eu saiba sim, por quê?
-Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?
-Ai coitada!
-Coitada de quem?
-Da sua professora de catecismo!
Luiz Fernando Veríssimo
quarta-feira, 28 de março de 2012
Com carinho para Millôr Fernandes!
É exigir café fervendo
E deixar esfriar."
terça-feira, 27 de março de 2012
Outras leituras para o dia do circo!
segunda-feira, 26 de março de 2012
Poesia para o dia do circo!
O dia do circo foi criado em homenagem ao palhaço Piolim, Abelardo Pinto, que comandou o circo Piolim por mais de trinta anos.
Seu pai havia sido dono de circo quando Abelardo ainda era pequeno, local onde aprendeu a tocar violino, a fazer contorcionismos e acrobacias.
A data foi instituída em razão de seu nascimento, no ano de 1897, em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. (Leia mais em
Para comemorar este dia, que tal a leitura de um poema. Também vale à pena pesquisar a música.
O Circo
Sidney Miller
Que a charanga vai tocar a noite inteira
Vem, vem vem, ver o circo de verdade
Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.
Corre, corre minha gente
Que é preciso ser esperto
Vai melhor quem vai na frente
Vê melhor quem vê de perto
Mas no meio da folia
Noite alta céu aberto
Sopra o vento que protesta
Cai no teto rompe a lona
Prá que a Lua de carona
Também possa ver a festa
Que a charanga vai tocar a noite inteira
Vem, vem vem, ver o circo de verdade
Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.
Bem me lembro o trapezista
Que mortal era o seu salto
Navegando lá no alto
Parecia de brinquedo
Mas fazia tanto medo
Que o Zézinho do trombone
De renome consagrado
Esquecia o próprio nome
E abraçava o microfone
Prá trocar o seu dobrado.
Que a charanga vai tocar a noite inteira
Vem, vem vem, ver o circo de verdade
Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.
Faço versos pro palhaço
Que na vida já foi tudo
Foi soldado, seresteiro
Carpinteiro, vagabundo
Sem juiz e sem juizo
Fez feliz a todo mundo
Mas no fundo não sabia
Que em seu rosto coloria
Todo o encanto do sorriso
Que seu povo não sorria.
Que a charanga vai tocar a noite inteira
Vem, vem vem, ver o circo de verdade
Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.
De chicote e cara feia
Domador fica mais forte
Meia-volta, volta e meia
Meia vida, meia morte
Mas findado seu batente
De repente a fera some
Domador que era valente
Noutra esfera se consome
Seu amor indiferente
Sua vida e sua fome.
Que a charanga vai tocar a noite inteira
Vem, vem vem, ver o circo de verdade
Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.
Fala o fole da sanfona
Fala a flauta pequenina
Que o melhor vai vir agora
Que desponta a bailarina
Que seu porte é de senhora
Que seu rosto é de menina
Quem chorava já não chora
Quem cantava desafina
Porque a festa só termina
Quando a noite for se embora
Que a charanga já tocou a noite inteira
Morre o circo renasce na lembrança
Foi-se o tempo e eu ainda era criança
Fonte: http://www.jornaldepoesia.jor.br/@sm02.html
Um ótimo dia do circo!
Camila Garoli Vilela
domingo, 25 de março de 2012
Para ver e se emocionar!
sábado, 24 de março de 2012
Livro: Uma tecnologia revolucionária!
sexta-feira, 23 de março de 2012
Dez motivos para amar os livros!
Você precisa de um motivo para amar os lvros?
quinta-feira, 22 de março de 2012
"A água nossa de cada dia" Por Maurício de Souza
Sempre lembramos de Maurício de Souza como o criador da Mônica e sua turma, mas poucas vezes sabemos que ele também passeia por outros gêneros literários, como as crônicas que encontramos em seu site.
Hoje de manhã, enquanto levava meu filho para a escola, assisti a diversas cenas de desperdício.
Rua após rua, homens e mulheres usavam mangueiras para lavar calçadas e carros com jorros e jorros de água potável.
Nos primeiros casos cheguei a diminuir a velocidade do meu carro para sinalizar aos dissipadores que não deveriam estar fazendo aquilo. Mas eles olhavam, sem entender o que eu queria passar com os gestos... e continuavam com as torneiras abertas.
Nos casos seguintes, desisti.
Só olhava, desolado, toda aquela água preciosa escorrendo pela calçada, pelas sarjetas...
Se voltar a percorrer o bairro nesta bela manhã de abril provavelmente vou surpreender mais dissipadores em ação.
Talvez já lavando carros, mais pátios e calçadas.
E vou, de novo, ficar triste com o desperdício escancarado, explícito, irresponsável.
O que fazer para que nós, nossos filhos e os filhos de nossos filhos tenham água de boa qualidade e em quantidade no futuro?
Acho que, para começar, falar com as crianças.
Se os adultos dão lições de desperdício, as crianças podem, no tempo, reverter o processo.
Enquanto crianças, podem entender melhor a necessidade de preservamos nossos recursos naturais. Água, inclusive.
Quando crescerem, vão substituir os adultos insensatos de hoje já com atitudes corretas no cuidado com o meio ambiente.
Longe de mim a idéia de transformar quem quer que seja em vigilante, patrulheiro, inspetor de recursos naturais.
Também seria insensato. Em alguns casos até perigoso.
Tem gente que não aceita críticas.
Mas se cada um de nós pudesse passar aos filhos, às crianças, em geral, propostas, idéias e conselhos para buscarem a economia, a racionalização do uso da água, teríamos um início de caminho já sinalizado.
E enquanto crianças e jovens vão se conscientizando, vamos pensando, num modo de chegarmos até os dissipadores adultos com orientação e informações.
Pra começar, à volta da escola, já vou falando sobre o assunto com meu filho.
De novo, porque lá em casa o assunto já é velho e conhecido.
Mas bons conselhos podem ser repetidos... e acumulados.
E cuidados com nossos recursos naturais deveriam merecer até mesmo algum tipo de saudação. Assim, como dizemos bom dia, boa noite, até logo, poderíamos começar a dizer: salvou água, hoje? apagou a luz que não está usando? salvou uma árvore? pensou nas crianças que não tem água para beber?...
Pode parecer meio dramático. Mas antes um dramático falado do que sentido.
Enquanto é tempo.
Fonte: http://www.monica.com.br/mauricio/cronicas/cron231.htmHojé é o Dia da Água - 22/03
Livro das Águas
Cadernos de Educação Ambiental Água para a Vida, Água para Todos
Os Cadernos de Educação Ambiental Água para a Vida, Água para Todos, lançados pelos programas Educação Ambiental e Água para a Vida, do WWF-Brasil, acabam de chegar à Internet. Você poderá navegar em uma publicação dedicada às águas do Brasil, que reúne informações e atividades educativas em torno de um tema integrado a todas as questões ambientais.
Os Cadernos são um material versátil que pode ser facilmente adaptado por educadores, professores, monitores, recreacionistas, gestores sociais, líderes comunitários à realidade que os cerca e auxiliar na elaboração de atividades, campanhas e projetos pela natureza.
Saiba mais visitando: http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/agua/educacao_ambiental_agua/
Boa Leitura!
Camila Garoli Vilela
quarta-feira, 21 de março de 2012
Uma pequena curiosidade sobre os contos de fadas!
Etimologia
A palavra portuguesa "fada" vem do latim fatum (destino, fatalidade, fado etc). O termo se reflete nos idiomas das principais nações européias : fée em francês, fairy em inglês, fata em italiano, Fee em alemão e hada em espanhol. Por analogia, os "contos de fadas" são denominados conte de fées na França, fairy tale na Inglaterra, cuento de hadas na Espanha e racconto di fata na Itália. Na Alemanha, até oséculo XVIII era utilizada a expressão Feenmärchen, sendo substituída por Märchen ("narrativa popular", "história fantasiosa") depois do trabalho dos Irmãos Grimm. No Brasil e em Portugal, os contos de fadas, na forma como são hoje conhecidos, surgiram em fins do século XIX sob o nome de contos da carochinha. Esta denominação foi substituída por "contos de fadas" no século XX.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Contos_de_fadas#Etimologia
Agora, que tal visitar o seguinte endereço http://mundodaluha.blogspot.com.br/2010/07/pele-de-asno-peau-dane-orginal-e-em.html e apreciar o conto Pele de Asno? Ouvi e gostei!
Boa Leitura!
Camila Garoli Vilela
terça-feira, 20 de março de 2012
É bom saber: 20 de março é o dia do contador de histórias!
No dia 20 de março é comemorado o Dia do Contador de Histórias. A data foi criada em 1991, na Suécia, e tem como principal objetivo reunir os contadores e promover a prática em todo mundo.
A arte de contar histórias é bem antiga. As histórias contadas por gerações foram importantes para a evolução da humanidade. Sem dúvida, todos nós temos um pouco de contadores através de um acontecimento, piada, um bate-papo ou até mesmo em uma conversa pela internet.
O dia de hoje exalta as pessoas que dedicam suas vidas a levar alegrias e histórias com meio de divertimento e aprendizado. Em 20 de março, celebramos os esforços desses profissionais tão queridos que através de técnicas e um dom divino nos encantam e envolvem com suas anedotas.
Parabéns a todos os contadores de histórias do Brasil!
Fonte: http://pnld.moderna.com.br/2012/03/20/20-de-marco-dia-do-contador-de-historias/
Veríssimo
Atitude Suspeita
- Delegado, prendemos este cidadão em atitude suspeita.
- Ah, um daqueles, é? Como era a sua atitude?
- Suspeita.
- Compreendo. Bom trabalho, rapazes. E o que é que ele alega?
- Diz que não estava fazendo nada e protestou contra a prisão.
- Hmm. Suspeitíssimo. Se fosse inocente não teria medo de vir dar explicações.
- Mas eu não tenho o que explicar! Sou inocente!
- É o que todos dizem, meu caro. A sua situação é preta. Temos ordem de limpar a cidade de pessoas em atitudes suspeitas.
- Mas eu estava só esperando o ônibus!
- Ele fingia que estava esperando um ônibus, delegado. Foi o que despertou a nossa suspeita.
- Ah! Aposto que não havia nem uma parada de ônibus por perto. Como é que ele explicou isso?
- Havia uma parada sim, delegado. O que confirmou a nossa suspeita. Ele obviamente escolheu uma parada de ônibus para fingir que esperava o ônibus sem despertar suspeita.
- E o cara-de-pau ainda se declara inocente! Quer dizer que passava ônibus, passava ônibus e ele ali fingindo que o próximo é que era o dele? A gente vê cada uma...
- Não senhor delegado. No primeiro ônibus que apareceu ele ia subir, mas nós agarramos ele primeiro.
- Era o meu ônibus, o ônibus que eu pego todos os dias para ir para casa! Sou inocente!
- É a segunda vez que o senhor se declara inocente, o que é muito suspeito. Se é mesmo inocente, por que insistir tanto que é?
- E se eu me declarar culpado, o senhor vai me considerar inocente?
- Claro que não. Nenhum inocente se declara culpado, mas todo culpado se declara inocente. Se o senhor é tão inocente assim, por que estava tentando fugir?
- Fugir, como?
- Fugir no ônibus. Quando foi preso.
- Mas eu não estava tentando fugir. Era o meu ônibus, o que eu tomo sempre!
- Ora, meu amigo. O senhor pensa que alguém aqui é criança? O senhor estava fingindo que esperava um ônibus, em atitude suspeita, quando suspeitou destes dois agentes da lei ao seu lado. Tentou fugir e...
- Foi isso mesmo. Isso mesmo! Tentei fugir deles.
- Ah, uma confissão!
- Porque eles estavam em atitude suspeita, como o delegado acaba de dizer.
- O quê? Pense bem no que o senhor está dizendo. O senhor acusa estes dois agentes da lei de estarem em atitude suspeita?
- Acuso. Estavam fingindo que esperavam um ônibus e na verdade estavam me vigiando. Suspeitei da atitude deles e tentei fugir!
- Delegado...
- Calem-se! A conversa agora é outra. Como é que vocês querem que o público nos respeite se nós também andamos por aí em atitude suspeita? Temos que dar o exemplo. O cidadão pode ir embora. Está solto. Quanto a vocês...
- Delegado, com todo o respeito, achamos que esta atitude, mandando soltar um suspeito que confessou estar em atitude suspeita é um pouco...
- Um pouco? Um pouco?
- Suspeita.
VERÌSSIMO, Luís Fernando. A Grande Mulher Nua. São Paulo: Círculo do Livro, 1989.